Brasil: Reunião técncia discute caminhos da pesquisa para cenoura
Para o diretor da Wehrmann, embora o cultivo da cenoura tenha se expandido nos últimos anos não conseguiu acompanhar o consumo – segundo ele, em ascensão por conta do maior acesso da população aos alimentos. O plantio da hortaliça ocupa uma área de 1.100 hectares na empresa que tem o Nordeste como maior mercado consumidor. “90% da cenoura produzida por nós vai para essa região”, pontua Corsino, que lista algumas questões vistas por ele como limitantes para a expansão do cultivo. Inexistência de um Manejo Integrado de Pragas (MIP) para a cultura, quantidade reduzida de defensivos registrados para a hortaliça, ausência de máquinas colhedoras e classificadoras nacionais, escassez de pesquisas sobre o uso do frio no armazenamento e baixa oferta de mão-de-obra foram alguns dos problemas apontados.
O diretor também chamou a atenção para a necessidade de mais investimentos em melhoramento genético para atender o mercado, cada vez mais exigente, na sua opinião. “O pequeno agricultor sempre vai ter espaço, mas a entrada de produtores de Minas Gerais e de Goiás no Nordeste, por exemplo, ocupou nichos antes preenchidos pelos agricultores de Irecê, na Bahia”, acentuou Corsino, para quem a mudança deve ser creditada à melhor qualidade da cenoura produzida naqueles estados. “Na Agrícola Wehrmann plantamos principalmente a cultivar Juliana, pelos bons predicados da raiz e alta produtividade”, informou.
Fonte: Embrapa